Navegue comigo nas profundas e reveladoras águas do Espírito do Senhor:
Os primeiros versículos desse capítulo do Livro de Josué nos mencionam uma Ordem direta do Senhor a Josué para circuncidar toda a geração nascida no deserto, uma vez que os homens que haviam saído do Egito já estavam mortos.
Entendamos a razão dessa ordenança:
Nenhum dos que nasceram no deserto haviam sido circuncido. Isso até nos parece algo comum e normal, no entanto é, extremamente, incomum e, absolutamente, anormal, pois não executando a circuncisão aqueles homens, por 40 anos diretos, desobedeceram a Lei do Senhor (GN 17:10-14). Os olhos deles estavam tão somente na Promessa e seus corações longe da Aliança. Hoje em dia a história se repete: as pregações são torrentes de promessas advindas da Palavra, mas a Palavra não transborda nos corações. Não se pode conquistar as Promessas sem se viver na Palavra.
Este é um Princípio: Viver na Palavra para que a Palavra viva em nós. Por isso Deus diz a Josué: medita no Livro desta Lei dia e noite (JS 1:8) pois o povo já o tinha esquecido.
Após a circuncisão vemos Deus dizendo que havia revolvido o opróbrio do Egito do meio deles. Por que se eles não nasceram no Egito e sim no deserto? O viver na Lei do Senhor não se aplica nas circunstâncias do nascer, mas naquilo que é necessário morrer para que a Lei possa viver através de nós. Não é o nascer num berço cristão que torna alguém um cristão, e sim a renúncia de si mesmo e o caminhar nas marcas dos passos de Cristo (LC 9:23).
Outro Princípio se evidencia: Vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim (GL 2:20). Pergunte a si mesmo, diante dos fatos diários, se essa verdade faz parte de sua vida.
A circuncisão se deu em Gilgal e este lugar é uma tipologia da Cruz de Cristo. Analisemos:
Passar por Gilgal tipifica cortar a herança (escravidão) do Egito da vida do povo de Deus;
Passar pela Cruz de Cristo (ou seja aceitar o sacrifício que Ele fez por nós) tipifica cortar a herança do pecado adâmico (escravidão) em nossa vida (RM 5:17).
Em Gilgal se levantou um memorial da Graça de Deus sobre o seu povo, fazendo-o passar pelo Rio Jordão em seco quando era a época das grandes enchentes (JS 4:20-24);
Na Cruz de Cristo temos o memorial de seu imenso Amor por nós e da reconciliação nossa com Ele (CL 1:21).
Gilgal é testemunha da primeira Páscoa na terra da Promessa (JS 5:10). Páscoa representa a Celebração da Liberdade de uma Nova Vida (EX 12:17-18; 13:1-10))
A Cruz é testemunha da nossa libertação pois nela está a marca do sangue de Cristo que nos libertou do reino das trevas (CL 1:13-14).
Gilgal foi um território divisor de águas: fim de uma Era, representada pelo maná e o início de uma Nova, representada pelos frutos daquela terra (JS 5:12);
O Sangue que marcou a Cruz é o mesmo que selou a Nova Aliança (LC 22:19-20). Em Moisés temos a Antiga Aliança (EX 24:1-8) que consistia em viver debaixo da Lei, mas em Cristo temos a Nova Aliança que consiste em viver debaixo da Sua Graça (RM 6:1-23; II CO 5:17).
Nasce outro Princípio: Quando permitirmos que Jesus Cristo corte o pecado em nós, quando mantermos os memoriais do Senhor em nossa vida, quando celebrarmos a Conquista da Liberdade e quando comungarmos da Nova Aliança então... Viveremos nas Novidades de Deus.
Este é o Tempo dos Novos Frutos... Faça parte desse Geração.
Pr. Josemar Marcílio Rodrigues
Comunidade Evangélica Barra do Piraí